O Iscte – Instituto Universitário de Lisboa entregou ao Serviço Nacional de Saúde as 200 mil máscaras e as três mil viseiras que lhe foram doadas por uma sua doutoranda chinesa, no âmbito do combate à pandemia de Covid-19.
Estes dispositivos médicos foram doados ao Iscte por Lin Weifang, que está a realizar o seu doutoramento em Gestão no Iscte, ao abrigo dos protocolos de cooperação entre a universidade e congéneres chinesas.
Lin Weifang é presidente da empresa farmacêutica estatal chinesa China Meheco Guangdong Pharma Co. Ltd, tem 19 anos de experiência na indústria médica e farmacêutica e assumiu um papel muito relevante na luta contra o Covid-19, na província de Cantão, assegurando o fornecimento de material e equipamento necessários através da empresa a que preside.
“Sinto-me honrada em poder fazer este donativo ao Iscte, a minha alma mater e de alguma forma ajudar Portugal na luta contra a epidemia” disse Lin Weifang.
“Este programa de doutoramento desafia a distância geográfica e é mais forte do que o metal e a pedra. Na verdade, partilhamos o mesmo destino e o mesmo futuro. Com o nosso esforço conjunto em breve venceremos a epidemia”, afirmou.
A doação chegou a Portugal no âmbito da operação logística organizada pelo Governo português para fazer chegar a Portugal diverso equipamento médico adquirido ou doado.
Doação da embaixada chinesa
Entretanto, a Embaixada da China em Lisboa ofereceu mil máscaras aos professores do Iscte que colaboram com os programas conjuntos de doutoramento entre o Iscte e universidades chinesas.
Os programas de doutoramento do Iscte para estudantes chineses iniciaram-se em 2009, com a University of Electronic Science and Technology of China (UESTC), uma importante universidade tecnológica pública, localizada em Chengdu, no Oeste da China, e logo a seguir em colaboração com a Southern Medical University (SMU), uma também importante universidade médica, localizada em Cantão, no Sul do país.
Ambos os programas estão oficialmente acreditados pelo Ministério da Educação da China, o que os torna muito prestigiados e procurados: atualmente uma média de cinco alunos candidata-se a cada vaga aberta. Ao longo dos últimos dez anos, cerca de 150 estudantes já concluíram o seu doutoramento no Iscte, ao abrigo deste programa.
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